Wilhelm Reich e a formação das Crianças do Futuro

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Cynthia Cavalcanti Moura de Melo Faria Dissertação apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Psicologia. Área de concentração: Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano. Orientador: Prof. Dr. Paulo Albertini.

RESUMO Faria, C. C. M. M. (2012). Wilhelm Reich e a formação das Crianças do Futuro. Dissertação de Mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. Esta pesquisa focaliza o projeto Crianças do Futuro, atividade voltada para a promoção da saúde da criança realizada por Wilhelm Reich nos Estados Unidos da América. Na literatura da área, constatamos que tal projeto tende a ser mencionado apenas em linhas gerais, com informes que pouco contribuem para uma visão mais aprofundada do trabalho efetivamente desenvolvido. Tendo por base essa apreciação, esta investigação objetivou descrever e problematizar o projeto Crianças do Futuro. Como ponto de partida, pesquisamos os estudos publicados sobre o assunto. O segundo passo consistiu em selecionar escritos de Reich que estão, a nosso ver, em consonância com o referido projeto. Feito isso, analisamos cada texto de Reich, do mais antigo para o mais recente, com o intuito de acompanhar o desenvolvimento do pensamento do autor sobre o assunto. Os resultados alcançados indicaram que o desenvolvimento do projeto ocorreu da seguinte forma: a) entre 1939 e 1949, Reich planejou que medidas deveriam ser tomadas para alcançar o objetivo de contribuir para a formação de crianças mais saudáveis; b) em 1949, foi fundado o Centro Orgonômico de Pesquisas da Infância (OIRC), entidade destinada a colocar em prática as ideias voltadas para as Crianças do Futuro. Antes do início das ações em 1949, Reich já havia esboçado quais caminhos deveriam ser seguidos pelo OIRC. Ele descreveu quatro pontos de atuação. O primeiro consistia em cuidar das gestantes com a finalidade de conhecer as influências da vida intrauterina para a saúde do bebê. O segundo visava o estudo das experiências do bebê com o intuito de remover obstáculos em seu desenvolvimento, o que aconteceria desde o nascimento até os primeiros dias de vida. O terceiro implicava em prevenir o encouraçamento durante os cinco ou seis primeiros anos de vida. O último ponto seria o registro do desenvolvimento dessas crianças até a puberdade. Em nossa pesquisa constatamos que o que havia sido esboçado não se desenvolveu por completo, pois só foram realizadas as duas primeiras dessas quatro atividades. Da análise efetuada, destacamos os problemas verificados nos procedimentos adotados no Crianças do Futuro e a reflexão que Reich vai formulando a partir dos impasses verificados. Uma das conclusões centrais do autor é a de que na área da saúde não se pode pensar em termos absolutos. Leia aqui a tese completa (PDF 1.012 kb)

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